O presidente francês inaugurou hoje à tarde um monumento designado "Anel da Memória" e formado por 500 placas de aço com o nome de 579 606 soldados, de todas as nacionalidades, tombados durante a I Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. .Os nomes estão dispostos por ordem alfabética, sem distinção de nacionalidade ou patente. .Situado numa das extremidades do cemitério de Notre-Dame-de Lorette, no norte do país, junto à fronteira com a Bélgica, a inauguração do monumento, da autoria do Philippe Prost, constituiu o ponto alto das comemorações do primeiro centenário do conflito que, no total causou mais de dez milhões nas fileiras dos países beligerantes. Hoje, assinalava-se a data do armistício..François Hollande evocou a necessidade de enfrentar "as ideologias do ódio" e os "separatismos exarcebados" para evitar a "engrenagem infernal do verão de 1914", que conduziu à guerra. Insistiu ainda que "não construiremos a França desfazendo a Europa", numa referência não explícita às propostas de Marine Le Pen, que defende o abandono da zona euro e uma União Europeia menos centralizada em Bruxelas..Recuperando uma das ideias fortes da sua entrevista de quinta-feira passada, em direto na TF1 e na RTL, Hollande afirmou que "a França não se defende com linhas Maginot, com arame farpado, com fortalezas", mas com uma economia forte e os valores da República social.